Lixo Espacial pode Prejudicar as Comunicações na Terra

06/07/2013 08:37

Desde a primeira colisão registrada em 2009 pela NASA entre os dois satélites de comunicação, um da Rússia e um dos Estados Unidos, as preocupações pela ONU começaram a aprecer. O choque se deu a cerca de 780 km acima do território da Sibéria, na Rússia. As informações são da BBC Brasil.

Um dos equipamentos pertencia à companhia americana Iridium, e orbitava em alta velocidade quando bateu em um satélite militar russo desativado. A empresa americana e as autoridades russas explicaram que este tipo de colisão a centenas de quilômetros da Terra é "extremamente raro" e "muito pouco provável", destacou a Iridium.

A companhia americana comunicou que adotará "as medidas necessárias para substituir o satélite danificado" e garantiu que o acidente não foi provocado por uma eventual falha de seu satélite. A Iridium possui uma frota de 66 satélites de telecomunicações.

Este impacto produziu uma gigantesca "nuvem" de lixo espacial, que poderiam atingir e até destruir outros satélites, informou a Nasa, citada pela BBC Brasil. No entanto, o risco para a Estação Espacial Internacional (ISS) e seus três astronautas foi pequeno, já que ela orbita a Terra a uma distância de 435 km abaixo da rota da colisão. 

O satélite russo que estaria desativado foi lançado em 1993 e pesava 950 kg, enquanto o Iridium pesava 560 kg e foi lançado em 1997. A Nasa levou algumas semanas para conhecer melhor a magnitude da colisão, enquanto isso, centenas de destroços já estariam sendo rastreadas.

Desde 1957, cerca de 6 mil satélites já foram colocados em órbita da Terra, mesmo com esta quantidade de satélites, as probabilidades de colisões ainda são muito pequena.

A agência espacial russa, Roscosmos, declarou hoje que os restos dos dois satélites não representam um perigo real à ISS. "A Roscosmos não registrou a perda de nenhum de seus aparatos cósmicos operacionais", disse o porta-voz da agência, Aleksandr Vorobiov.

Com informações da AFP e EFE

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